Um carro a menos: Um movimento pró-bike no Rio pede por respeito

Um movimento criado no Rio de Janeiro por entusiastas da bicicleta como meio de transporte pede aos motoristas da cidade mais respeito, afinal ele representam um carro a menos na rua. Como um tom bem-humorado, típico da cidade, o movimento “Respeite um carro a menos”, inicia uma importante mobilização na cidade que recentemente foi eleita a 12ª melhor cidade para se pedalar no mundo.

Auto descritos como “amantes da vida”, defendem o estilo de vida que aproveita a paisagem da cidade e a brisa do mar no lugar de passar parte do dia cerrados em um carro com vidro escuro. De fato a abordagem faz sentido levando-se em conta o cenário paradisíaco.

Porém, o movimento nasce oportunamente após uma série de acidentes que mostrou o desrespeito pelos ciclistas na cidade e deixa claro que ainda há muito a se fazer para que o Rio de fato possa ser comparado com cidades avançadas em práticas pró-bicicleta. Apesar da propaganda governamental alardear o grande número de ciclovias no Rio, a verdade é que muitas delas são subutilizadas devido a precariedade da sua implementação, tornando-as pouco úteis para quem utiliza a bike como meio de transporte e lazer.

Os criadores do movimento “Respeito um carro a menos”, querem engajar e a população que utiliza a bicicleta frequentemente e chamar a atenção de quem está dentro dos carros através de criativas placas a serem acopladas nas bicicletas. Com uma grande variedade de desenhos representando cenas típicas do dia-a-dia carioca, o movimento comunica-se muito bem com o cidadão do Rio, que vê na linguagem adotada parte de sua realidade.

Mas não são apenas as bicicletas que ganham espaço através da campanha. Pedestres, surfistas, vendedores ambulantes, patinadores, corredores, skatistas e toda sorte de personagens da cidade tem sua representação gráfica nas plaquinhas que chamam bastante a atenção e divertem.

Para quem quiser contribuir, vale lembrar que as placas são feitas de plástico reciclado e podem ser adquirida diretamente pelo site do movimento.


Imagem: Divulgação